O clássico “Alice in Wonderland” de “Charles Lutwidge Dodgson” 1865, sob o pseudónimo de Lewis Carroll, mais uma vez é colocado em foco. Desta vez readaptado como nunca antes numa versão em 3D o filme de Tim Burton está dando o que falar.
Na internet, nos canais de televisão e nos EUA onde em sua estréia arrecadou R$ 232,6 milhões, bateu recorde dos filmes mais visto na versão 3D.
Alice's Adventures in Wonderland, frequentemente abreviado para "Alice in Wonderland" é um dos contos mais lidos por crianças e adultos tornando-se uma referência mundial no que tange as riquezas de idéias e personagens influenciados sob uma forte e intensa ficção de aventuras inimagináveis. Nesta obra Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas, cheias de absurdos; características dada aos sonhos dos infantis.
O livro pode ser interpretado de várias maneiras. Uma das interpretações diz que a história representa a adolescência, com uma entrada súbita e inesperada (a queda na toca do coelho, iniciando a aventura), além das diversas mudanças de tamanho e a confusão que isso causa em Alice, ao ponto dela dizer que não sabe mais quem é após tantas transformações (o que se identifica com a psicologia adolescente).
Entretanto na versão do filme lançado pela Disney de (Tim Burton 2010) Alice, agora aos 19 anos, está em uma festa da nobreza em Oxford, onde vive, até que descobre que está prestes a ser pedida em casamento. Desesperada, ela foge seguindo um coelho branco, e vai parar no País das Maravilhas, um local que ela visitou quando tinha sete anos, porém não se lembrava mais.
O comercio Disney comemora e lança mais de 30 itens exclusivos dentre mochilas, sapatos, maquiagens, roupas, acessórios e jóias. H.Stern também comemora suas vendas, esta em especial lançou uma coleção exclusiva de tanto sucesso que algumas jóias são entregue três meses após a compra, tudo sob encomenda e inspirado nos personagens do filme.
Ontem a tarde vi uma entrevista na tv, uma senhora super feliz com sacolas de compras de tão fãn do filme, se dizia realizada em gastar numa única aquisição mais de 20 mil dólares. E foi exatamente o que me fez pensar. Olha o que Lewis Carroll desencadeou após 145 anos. Quantas coisas materiais as pessoas tem buscado para preencherem lacunas de felicidade! A cada momento lançam algo novo para que os indinherados comprem e gastem rindo. Tudo baseado num consumo frenético, especificamente neste caso, sob um conto devaneador "brilhante”, pessoas gastam seu precioso tempo, dinheiro e todos seus espasmos mentais numa baboseira inspirada em historíolas que estes comércios capitalistas aproveitam-se para ganharem um alttíssimo capital, afinal, uma maquina de luxo com champanhes, viagens, jóias e diamantes de ilustres hollywoodianos precisa ser abastecida.
Ao redor do mundo centenas de milhares de pessoas amam estórias, compram tais idéias, realizando-se de todas as formas por uma imaginação mentirosa, reformatando tais “verdades” como uma fato necessário e positivo na formação de cérebros preguiçosos. Não quero aqui criticar a "Alice in Wonderland" perversamente ou “The Lord of the Rings” “star Wars”, “Avatar” e “Harry Potter” de forma grotesca e ignorante. Só que particularmente: sou do tipo que amo obras reais, fidedignas, que sejam positivamente baseadas em superações e lutas de uma vida real. Se assim querem beber desta água? Façam bom proveito, estórias apócrifas nunca fizeram, não fazem e nunca farão meu indivíduo como um ser humano melhor, mais feliz e mais sábio.
