segunda-feira, março 26, 2012

“A voz do Brasil”


O transito é lento. O tédio toma conta. Olhei no relógio e vi que em poucos minutos iria começar “a voz do Brasil”. Ouvi atentamente o programa e minha conclusão é: decepção, pura decepção. Este programa governamental anuncia com orgulho o pouco que o governo faz. Se eu fizesse tão pouco assim ficaria com vergonha de propagar projetos tão mínimos, bem tímidos e totalmente medíocres.
O sistema enche o peito pra dizer que crianças recebem merendas no PI, AM, RO, PA. Chega a ser piada, porque será que eles focam tanto o norte e nordeste? Será que os editores da radio acham que ainda vivemos na década de 80? Fui tempos atrás a passeio no interior do mato grosso e sobre receber comunicação e informação percebi que praticamente todos têm antenas parabólicas. Podem não ter o que comer direito, mas uma antena e uma tv eles tem.
Mas enfim, não me sinto empolgado ao ouvi as reportagens deste programa. Expressar minha visão sobre “a voz do Brasil” é só um desabafo de alguém que entende de forma muito simples de como se gasta de forma descarada nosso dinheiro. Alguém aí sabe quanto se paga a Embratel para transmitir de forma nacional esse programa? Imagino que não deve ser nada barato.
Há um dito popular bem forte e sábio: as atitudes falam mais que mil palavras. Será que o governo não vê que hoje as pessoas estão muito mais informadas sobre gastos do dinheiro publico? Há diversos políticos que ainda se enganam achando que o povo é burro. A estes devo dizer que o povo não é burro, não posso comprovar, mas sinto nesta transmissão “a voz do Brasil” que tem gente ganhando dinheiro à custa de nossos impostos mal investidos. Políticos usam boas palavras: “é para o progresso do Brasil meu povo”! Porque será que alguns não querem largar o "osso"? Não existe nada de vira lata nesta triste história, é pedigree mascarado e de forma bem sorrateira como um falso vigia se auto prediz guardar o nosso lar chamado Brasil.
Vai à dica: em vez de gastar o nosso dinheiro para simplesmente repassar noticias “papas na língua”, porque não constroem casas? Porque não urbanizam favelas? Porque não melhoram hospitais? Pergunte para qualquer cidadão: você quer ouvir noticias “Vangloriadas” e cheias de presunção? Ou prefere que o governo construa casas ou hospitais em alguma das centenas comunidades carentes que existe em nosso país?
Vou falar a verdade. Aguentei e fiquei ouvindo as noticias cheias de “estamos fazendo isso”, “estamos fazendo aquilo” por um bom tempo no pausado transito, percebi notoriamente - quanto vislumbre imbecil! Cheira mal e tudo isso para aparecer? Desliguei o radio cheio de indignação. Tenho comigo o seguinte pensamento: Não preciso ouvir “glórias” redundantes de um governo que ainda faz muito pouco em construção cível, saúde, estradas e segurança. Agora por favor, me dê licença, pare de falar blá, blá, blá e tenha atitude. É isso que falta para a grande maioria dos políticos do nosso país.

terça-feira, março 06, 2012

“No alto da montanha o tempo é frio e os ventos são fortes”


Essse texto é uma homenagem ao trabalho que tenho visto e me envolvido. Minha admiração a minha esposa Coordenadora dos Cursos de extensão e ao Centro Universitário Adventista-c1.


Todas as atividades que por sua natureza exercem atendimento ao cliente, envolvem um contrato de responsabilidade na oferta de produtos e serviços incluindo a prestação de contas para aqueles a quem se serve. E quando o principal produto a ser oferecido é o próprio ensino destinado a mentes inquietas de jovens que desejam ou não aprender o desafio é ainda maior.
O mercado para tais participantes é exigente. No começo de cada semestre somos bombardeados por folhetos, jornais, mídias online e propagandas televisivas de forma intensa. Muitos desejam participar e se manter ativos no “negocio educacional”, mas poucos sobrevivem à excelência com pessoas e produtos. Muitas atrações educacionais noticiadas perduram em nossas mentes e às vezes até nos seduzem temporariamente.
Alguns evidenciam a formação acadêmica de seus professores de forma muito nítida, colorem a dão movimento ao aprendizado em laboratórios super modernos e exaltam suas estrelas e notas na mídia e periódicos de nosso mercado pronto a consumir, comprar e vender.
Posso classificar para fins didáticos essas organizações em três “níveis”. O primeiro nível refere-se às instituições educacionais que se mantém no topo. Montanha é para poucos e manter-se honrado nesse negocio é um compromisso de equipes educacionais diferenciadas
Diferente disto existe um segundo nível, são instituições que fecham suas portas e cursos por falta de clientes ou porque tropeçam em algum buraco administrativo. E há um terceiro nível, que talvez pela insistência, consegue se manter na corda bamba por muito tempo e nesta condição vão perdurando, fingindo ensinar e seus discentes fingindo aprender
É fato, alguns administradores desta área em qualquer um dos níveis acima apresentados negligenciam a razão de que a permanência e o sucesso dos seus alunos deve ser ordenada progressivamente a partir do momento em que a instituição estabelece uma missão e uma visão politica de atendimento, tornando os procedimentos e métodos de aprendizagem mais desafiadores e criativos ao mercado de trabalho, respeitando cada aluno de forma ética e transparente. É isso é construindo entre a sala de aula e o campo profissional, seja na área de exatas, humanas, saúde ou tecnológicas. Não podemos esquecer que nas escolas existem aqueles alunos que possuem alguma deficiência e esses mais do que palavras de animo precisam de uma ajuda planejada e intencional.
Discorrer sobre a qualidade no ensino de forma mais técnica e profunda não é a intenção desta simples reflexão sobre como instituições podem encaminhar a sua gestão, e sim como galgar o topo no que mais queremos viver junto a nossos alunos que é o lema de "educar e servir".
Li recentemente um artigo sobre, “Potencializar a qualidade de ensino” Mantoan (2002). Nele existe uma idéia de (Apud Assman, 1994, p.34) que diz: “O investidor brasileiro se conscientiza de que a grande saída é investir em qualidade; porém é preciso que se exercite a capacidade de servir o próximo da melhor maneira possível; a gerência da qualidade pode reformular o sistema educacional no Brasil (...) basta que se tenha em mente a determinação de servir ao próximo este é o princípio da qualidade; esta é a máxima que vale para pessoas físicas e para grandes instituições (...) (p.32).
Com isso entendo perfeitamente que este educar, é servir com coração e entrega da melhor maneira possível. Seja desde um simples atendimento na cantina, na secretaria ou em sala de aula ou como servidores que trabalhamos de forma mais indireta no setor administrativo, conservação patrimonial e segurança. Em qualquer setor, somos parte de um time educacional, estamos sob a suprema responsabilidade de exercer sobre nossos alunos a influência do verdadeiro servir. Não me refiro só no educar e ensinar sobre diversos campos de estudo, falo sobre a meta de educar servindo ao próximo. Servir ao próximo nos aproxima do amor, e somente por ele somos verdadeiramente transformados. Em nossa intuição de ajudar e servir temos ainda a oportunidade de quebrar barreiras sociais e étnicas com cada pessoa que entramos em contato ou convivemos. Nossos alunos desejam romper barreiras e sabemos que muitas instituições não constroem significados para alunos que anseiam servir, amar e respeitar ao nosso próximo seja ele prospero ou necessitado.
É difícil manter-se no topo. Educar e servir é estar no alto da montanha. Essa é a perspectivade um ponto de vista cristão.
Estamos de forma mais intensa engajados com o Projeto da comunidade Jd. Colombo. Eis aí a oportunidade de remarmos contra a maré, e nos mantermos lá no alto servindo a quem precisa de amor e esperança. Vamos fazer isso, não apenas com o nosso melhor marketing, pesquisas, corpo docente, laboratórios modernos, politicas pedagógicas e curriculares. Vamos ao essencial, “amar a Deus e servir ao próximo como a nós mesmos”. Ex.20:2-5;Mc.12:31. Tenho certeza que as iniciativas educacionais citadas acima são essenciais, porém, podemos fazer mais, muito mais! Vamos servir o nosso aluno com amor. E vamos ensinar a cada um deles por que somos felizes ao estender a nossa mão a quem realmente precisa.. Este é o nosso maior lema, nosso tema inicial e final. E enfim, não vamos nos olvidar de que também queremos ensinar a cada um deles sobre “a luz do caminho” Sl. 119:105 e de que neste caminho encontramos o “sol da justiça” Mal. 4:2 e que através DEle como podemos viver e conviver sendo “o sal da terra” Mt. 5:13
Jamais nos esqueçamos, de que existe um conflito, não apenas sobre como termos as melhores notas perante o governo e a sociedade, isso deve ser buscado de todo coração e empenho, porém, que não seja colocado de lado o fato de mostrarmos aos nossos alunos, quem somos porquê vivemos e para onde vamos. Falar sobre isso é forte “e parece loucura para o mundo” I Cor. 1:18. Ensinar lições espirituais e eternas é estar no topo da montanha, lugar no qual podemos entender que temos um propósito, uma bandeira a levantar. Isso é desafiador! Os ventos são fortes; então vamos, com veemência levantar a bandeira com o nome: Jesus Cristo é Criador, Mantenedor, Salvador e Redentor, a Ele rendemos glória por colocar em nosso coração a força a responsabilidade e o amor para Educar e servir ao próximo.